Opinião
Tentei
Por Marcelo Oxley
Empresário e jornalista
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Férias: tempo determinado para que você descanse. Período de reflexão e projetos. Um instante, a mais, com seus familiares. Não fazer o que estamos acostumados a fazer.
Nas minhas férias procurei não falar sobre política: não publiquei nada relacionado ao assunto, não elaborei vídeos e não conversei sobre políticos com minha esposa. Procuramos apenas aproveitar uma viagem por anos organizada.
Porém, em nosso primeiro passeio em Roma, fui questionado por um americano, cubano e italiano sobre em ser Lula ou Bolsonaro. Tentei explicar-lhes, arranhando um espanhol mequetrefe, que poderíamos ir mais longe que esse assunto. Comentei em ser de "direita", os benefícios que ela traz e os perrengues que atravessam os territórios governados pela esquerda.
No berço de histórias pulsantes milenares, Roma, a imagem do nosso presidente é devastadora. Não apenas por lá; tive a mesma experiência na Suíça e na França. Todos que me questionavam sobre o assunto fechavam com a palavra corrupção e o não entendimento das leis brasileiras terem oportunizado a candidatura de Lula, uma vez que ele não teria sido inocentado do maior escândalo de corrupção que já houve no Brasil. Por alguns minutos não tive respostas e a vergonha pairava em meu rosto.
O que mais me chamou atenção foi de um Uber, cubano, chamado Luis. Ele está em Roma há 19 anos. Saiu de lá por medo da família Castro e teme pelos mesmos processos de repressão, socialismo e comunismo também na Venezuela e no Brasil. Luis tem dois filhos que moram nos Estados Unidos e disse que a liberdade é o que o homem tem de mais valioso.
A polarização política brasileira é tão grande que pode ser sentida na Europa. Atravessa os continentes com a mesma força que "regras" são construídas no Brasil. Por aqui, você já não entende mais quem manda ou quem não manda. Está tudo muito confuso e sua defesa e opinião sobre determinados temas poderão ser cassadas em questão de minutos. Depende como vão acordar o Legislativo, Executivo e Judiciário. Há uma bolha e nela é resolvido tudo. Esse triste "círculo político" comanda parte de uma nação e faz vistas grossas com a outra que discorda de abusos e de poder que somos submetidos. Não sou apenas eu que falo. Em 15 dias vi com os meus próprios olhos que outros Países, com seus defeitos peculiares, querem o bem do Brasil. Lula não é a esperança.
Na suíça, França e Itália, existem pessoas mal educadas. O trânsito não é dos melhores. Todavia, suas primeiras palavras são: bom dia, desculpe, por favor. O nosso País também tem belezas naturais. Por outro lado, como não admirar a liberdade? O correto? O justo? Esses países me mostraram que temos outras possibilidades e que o Brasil pode dar certo. Mas, estamos um universo atrás com nossas políticas de hoje. Leis que protegem delinquentes e desvalorizam a polícia. Falas que condenam os bons costumes familiares e de religião. Alunos desafiando professores. Damas do tráfico e presos com dinheiro na cueca em evidência. Políticos que condenavam duramente um homem que foi preso por corrupção, agora ao seu lado. Como se nada tivesse acontecido. Juízas dando cafezinho e casaco para bandido. O vitimismo aparecendo em todos os cantos. Um presidente que fala em "desequilíbrio de parafuso", "afrodescendente assim gosta de um batuque". E por último: "se a gente não tiver uma profissão vamos virar ajudante geral. E quem vai querer namorar um ajudante geral"? Enfim, esse senhor não está preparado para a mudança e tudo que faz e diz está seguro pelas mãos de quem deveria agir corretamente.
O Brasil não está preparado!
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